O Número 666



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Chip subcutâneo:Será essa a marca da Besta?


Muitos fiéis e estudiosos voltam sua atenção de um modo muito especial (e peculiar) para o último livro da Bíblia, o Apocalipse. João, servo de Deus, recebeu de um anjo revelações sobre o tão falado fim dos tempos. “Bem-aventurados os que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.” (Apocalipse 1:3)

João cita suas visões tais e quais as teve, cheias de simbolismos e alegorias, em uma linguagem altamente metafórica. E justamente aí vem uma grande confusão por parte de intérpretes da Bíblia: enquanto uns defendem que tudo é falado simbolicamente, outros defendem que o conteúdo tem de ser levado ao pé da letra – o que não diz respeito somente ao Apocalipse, mas a toda a Palavra Sagrada.

Há em Apocalipse a figura do anticristo, um líder mundial que, alegando querer manter a ordem, seria carismático a ponto de desviar os fiéis de Deus. O mesmo texto fala da “marca da besta”, uma distinção dada a todos os adoradores do reino do mal. Independentemente da raça ou da classe social, a citada nova ordem mundial impõe algo a todos os seres humanos, “… faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte…” (13:16) Tal marca seria obrigatória entre os conscientes e inconscientes seguidores da besta, com o aval da figura de autoridade do anticristo. A identificação seria usada como uma espécie de documento oficial, “para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca…” (13:17)

O chip subcutâneo
Ultimamente, com o advento de aparatos tecnológicos que só existiam na ficção científica de pouco mais de 100 anos para cá, tem sido muito discutido o chip de identificação subcutâneo, um dispositivo eletrônico menor que um grão de arroz que, sob a pele, traz todas as informações de seu portador. O chip funcionaria mais ou menos como hoje funcionam os demais documentos convencionais: carteira de identidade, cartões de crédito e débito, crachás para entrada em empresas e instituições, entre outros. Mas também teria caráter de localizador: com o Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System – o famoso GPS), toda pessoa poderia ser localizada via satélite.

Os cientistas que elaboram o chip, que já está inoculado em algumas pessoas e animais para testes, alegam que ele seria muito útil para fins de resgate, por exemplo. Ao digitar o código do chip, o satélite mostraria onde está seu portador em meio a uma grande mata, ou mesmo em um centro urbano.

Chips em documentos
Na documentação tradicional, o microchip também já chegou. Cartões bancários e documentos de identidade já são elaborados com as pequenas peças de silício com todas as informações necessárias. Em alguns meses, começarão a ser distribuídas no Brasil as novas carteiras de identidade eletrônicas, com as informações escritas, como nas convencionais, com foto, mas também com o histórico do cidadão em um chip na sua extremidade.

Motivo de alarme?
Cristãos de todo o mundo veem no chip subcutâneo e nas identidades com chip sinais de que seriam as tão faladas “marcas da besta” do Apocalipse. Muitos pensam, inclusive, em evitá-los. A série de filmes em longa-metragem “Deixados para Trás”, lançada pelo circuito independente norte-americano e muito popular no mercado de vídeo brasileiro, mostra o fenômeno sobrenatural do arrebatamento e a obrigatoriedade da implantação do chip, a ponto de que quem se recusasse a ele fosse preso pelas autoridades. Os filmes chegam a mostrar agentes do FBI aprisionando simples cidadãos que se negam a ter o chip sob a pele.

Especula-se que o aparelho funciona melhor no dorso da mão, ou na testa, o que até agora não foi oficialmente comprovado.

Parecer teológico
Segundo o teólogo e mestre em filosofia Jonas Madureira, não há qualquer indício na Bíblia de que os chips, em qualquer forma, sejam a tal “marca da besta” – pelo menos até agora. Acontece que o Apocalipse é um livro confuso até mesmo para os maiores estudiosos dos textos sagrados, cheio de enigmas e metáforas – como referido no início da matéria.

Madureira explica que muito dessa confusão se dá pelas diferentes correntes de estudiosos. “Enquanto um grupo, mais moderno, defende que muito na Bíblia está em forma de metáfora, de simbolismo, outra corrente mais tradicional afirma que tudo deve ser interpretado ao pé da letra”, esclarece o teólogo. Jonas explica que nas décadas de 20 e 30 do século passado, os liberais, que preferem a interpretação metafórica, ganharam destaque. Para contrariá-los, os fundamentalistas, mais tradicionais, defendem a literalidade dos textos bíblicos. Para completar o imbróglio, há também correntes que, embora não sejam liberais, aceitam a interpretação baseada no simbolismo.

Há quem ache realmente, mesmo nos círculos evangélicos, que os quase onipresentes chips de silício são o falado selo do anticristo. Outros defendem que a tal marca citada em Apocalipse não seria física, mas espiritual.

No tocante a ambas as interpretações, vale salientar que nada está comprovado e que qualquer informação não passa de especulação, embora estudos bastante sérios estejam em andamento.

Desde os tempos bíblicos, a marca que distingue o verdadeiro cristão está tanto em suas atitudes quanto em seu coração. Quem busca verdadeiramente a Deus tem seu futuro garantido, nestes tempos ou mesmo no fim deles.

De qualquer modo, uma dica final de João no próprio Apocalipse resume tudo o que foi dito no livro final da Bíblia: “… Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.” (22:17)


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Por que o número 666 é usado como um símbolo do Anticristo?


666 Symbol
© Pat Marvenko Smith
(www.revelationillustrated.com)

Por Dr. David R. Reagan


Há três boas razões para que esse número seja utilizado. O primeiro é o fato de que nas Escrituras, o número de homem é 6, porque o homem foi criado no sexto dia. Em contrapartida, o número de Deus é sete, pois representa a conclusão e perfeição, uma vez que no sétimo dia da criação, Deus descansou de seu trabalho que ele declarou ser bom ou perfeito.

No entanto, na língua hebraica, os superlativos são expressos através da repetição da palavra ou frase, o último a ser a sua repetição por três vezes. É por isso que, quando Isaías viu o Senhor, alto e exaltado no templo, ouviu o canto dos Serafins, "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos" (Isaías 6:1-3). O número 666 representa, portanto, o número de homem levado ao seu apogeu.

O uso deste número é o mais apropriado porque, durante o período da Tribulação Satanás vai trabalhar para exaltar o seu homem, o Anticristo, como o Messias do mundo. Além disso, na terra naquele tempo haverá uma trindade demoníaca que irá representar as aspirações humanistas do Homem - Satanás mascara-se de Deus, o Anticristo enganando ser o Messias, e o Falso Profeta imitando o papel do Espírito Santo, apontando o falso Messias para o povo.

A segunda razão pela qual o número 666 é usado é devido ao seu simbolismo no pensamento judaico. A Bíblia nos conta que, no ano em que o rei Salomão recebeu 666 talentos de ouro, ele virou as costas para Deus e tornou-se obcecado por mulheres, cavalos e dinheiro (1 Reis 10:14 e 2 Crônicas 9:13). Assim, na história judaica, o número 666 passou a significar a  apostasia.

A terceira razão pela qual o número 666 é utilizado está relacionada ao fato de que em hebraico e grego, as letras do alfabeto também significam números. Isso torna possível somar um valor numérico para cada nome. O nome do Anticristo somará 666 tanto em grego quanto em hebraico (ou talvez ambos) e, assim, será uma expressão da apostasia final - apresentando a si mesmo como um substituto para o verdadeiro Messias.


Traduzido por Kle Sants
!ABRAOOLHO!
Artigo original: O Símbolo 666
http://www.lamblion.com/articles/articles_revelation14.php



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